Resumos Minicursos II SAEQ

12/06

Fluído dinâmica computacional

Fluidodinâmica computacional ou dinâmica dos fluidos computacional (em inglês: Computational Fluid Dynamics — CFD), pode ser descrita de forma generalizada como a simulação numérica de todos aqueles processos físicos e/ou físico-químicos que apresentam escoamento.

A Fluidodinâmica computacional é uma área de grande interesse para a solução de muitos problemas práticos. Como exemplo, podem ser citados problemas de aerodinâmica, termodinâmica, hidráulica, dentre outros.

Outras aplicações representativas de CFD:

• Simulação computacional de difusão e convecção de substâncias em bacias hidrográficas e aqüíferos;
• Planejamento e gestão de recursos hídricos;
• Aerodinâmica e aerotermodinâmica de veículos aeroespaciais;
• Aerodinâmica de veículos terrestres (trens, caminhões, carros, etc);
• Refrigeração de reatores nucleares;
• Indústria de petróleo;
• Caracterização de poluição ambiental, análise e simulação de lançamento de poluentes e contaminantes em correntes hídricas;
• Hidrodinâmica e hemodinâmica computacionais;
• Previsão de tempo;
• Projeto de sistemas propulsivos e de geração de energia em geral.

Corrosão

A corrosão é um tipo de deterioração que pode ser facilmente encontrada em obras metálicas. O aço oxida quando em contato com gases nocivos ou umidade, necessitando  por isso de cuidados para prolongar sua durabilidade.

A corrosão é um processo de deterioração do material que produz alterações  prejudiciais e indesejáveis nos elementos estruturais. Sendo o produto da  corrosão um elemento diferente do material original, a liga acaba perdendo  suas qualidades essenciais, tais como resistência mecânica, elasticidade, ductilidade, estética, etc. Excel Básico   Curso introdutório à ferramenta Excel.  Neste serão vistos alguns conceitos básicos do programa,  exploração de planilhas, montagem de gráficos, utilização de  fórmulas ou outros tópicos básicos, a fim de introduzir os  acadêmicos à conceitos básico. 13/06 Cristalografia por Difração de Raios X - Conceitos Básicos A Cristalografia por raios x, assim como a Ressonância Magnética  Nuclear ou a Radiação Síncrotron, é uma técnica usada por pesquisadores  para entender a forma das moléculas que compõem os sistemas vivos. Esse entendimento é de extrema importância, pois o formato de uma  biomolécula está intimamente relacionado com a sua função. E  conhecer sua configuração e seu funcionamento torna possível  o desenvolvimento de novas tecnologias, como vacinas e medicamentos. Mecânica Quântica e a Engenharia Química A mecânica quântica é a teoria física que obtém sucesso no estudo dos  sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica,  tais como moléculas, átomos, elétrons, prótons e de outras partículas  subatômicas, muito embora também possa descrever fenômenos  macroscópicos em diversos casos. A Mecânica Quântica é um ramo  fundamental da física com vasta aplicação. A teoria quântica fornece  descrições precisas para muitos fenômenos previamente inexplicados  tais como a radiação de corpo negro e as órbitas estáveis do  elétron. Apesar de na maioria dos casos a Mecânica Quântica ser relevante  para descrever sistemas microscópicos, os seus efeitos específicos não são  somente perceptíveis em tal escala. Por exemplo, a explicação de fenômenos  macroscópicos como a super fluidez e a supercondutividade só é possível  se considerarmos que o comportamento microscópico da matéria é quântico.  A quantidade característica da teoria, que determina quando ela é necessária  para a descrição de um fenômeno, é a chamada constante de Planck, que  tem dimensão de momento angular ou, equivalentemente, de ação.   O minicurso busca uma relação entre essa área e sua aplicação à Engenharia Química. Profissão do Engenheiro Químico O professor Cesar Canciam traz uma abordagem sobre o profissional  Engenheiro Químico e sua atuação na indústria. Programação em MATLAB   O professor Reginaldo da UTFPR irá ensinar aos participantes os comandos básicos do programa e sua aplicação na engenharia. 14/06 Recrutamento   O pessoal da Bunge vem com um minicurso dinâmico sobre o  comportamento e atitudes em uma entrevista de emprego. Redação Científica   O professor Adriel introduz conceitos e orientações importantes  para a vida acadêmica dos estudantes, como dicas para elaborar relatórios,  monografias, TCC, artigos e outros, além de trazer outros conceitos importantes. Excel Aplicado à Engenharia Química   O minicurso tem objetivo de levar exemplos práticos de Engenharia Químic a para o uso em Excel, ensinando os acadêmicos a executá-los e de forma prática  passar este conhecimento. RESUMO PALESTRAS

Palestra abertura -  Anderson Santos Oliveira – Klabin e a sustentabilidade

A Klabin é a maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do Brasil. É líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado, sacos industriais e madeira em toras. Fundada em 1899, possui atualmente 17 unidades industriais no Brasil - distribuídas por oito estados - e uma na Argentina. Auto-suficiente em madeira, possui 212 mil hectares de florestas plantadas e 192 mil hectares de mata nativa preservada. Foi a primeira empresa do setor de papel e celulose do Hemisfério Sul a receber a certificação FSC (Forest Stewardship Council) para suas florestas confirmando que a empresa desenvolve suas atividades segundo os mais elevados padrões de conservação ambiental e sustentabilidade socioeconômica. Organizada em quatro unidades de negócios – Florestal, Papéis, Papelcartão, Kraftliner, Embalagens de Papelão Ondulado e Sacos Industriais –, encerrou o ano de 2010 com lucro líquido de R$ 560 milhões.

Palestra – Adriana Carneiro - RECICLAGEM DO ÓLEO DE FRITURA USADO EM SABÃO VEGETAL 

A Eng. Química Adriana Carneiro desenvolveu o sabão vegetal, produzido com fontes renováveis, ajudando na destinação correta para o óleo de fritura, e reduzindo a eutrofização das águas, por não utilizar o fosfato em sua composição, ingrediente responsável pela estabilidade dos saponáceos minerais. Empreendedora e socialmente responsável, a engenheira criou a a empresa Casa do Sabão, que vende sabão em pedra, pasta e líquido e mantém ações educacionais nas escolas municipais de Guaratuba. A ação junto as escolas tem o intuito de sensibilizar a sociedade sobre os riscos e danos causados pelo descarte inadequado do óleo de fritura. Assim, além de ouvir palestra da engenheira sobre os malefícios causados pelo óleo vegetal despejado nos rios da região, as crianças também participam ativamente junto as suas famílias no recolhimento do óleo e troca por sabão vegetal. Outra ação em prol do desenvolvimento sustentável iniciada pela engenheira foi a parceria com a associações de catadores de recicláveis. A Casa do Sabão incentiva o recolhimento do óleo de fritura usado em residências e compra o resíduo coletado pelas associações. A empresa existe desde 2010 e atualmente produz mensalmente 1500 kg de sabão vegetal. Parte da produção é trocada nas campanhas de coleta e o restante é comercializado nos mercados da região litorânea do Paraná.

Palestra - Julio Alves Marques – Química Sustentável: Da educação básica ao desenvolvimento de bioprocessos sustentáveis

O tema Sustentabilidade desperta interesse no interlocutor e é o tema de fundo da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho do presente ano, na cidade do Rio de Janeiro. Nesse sentido, o termo Química Sustentável se refere a uma nova maneira de se pensar em fazer Ciência e à invenção e aplicação de produtos e processos de alta viabilidade econômica e que possam reduzir o impacto sobre o meio ambiente.Como desafio maior da Química Sustentável há a questão da educação. Por onde começar essa educação? Quais os principais caminhos que se apresentam nessa Química Verde? Quais as atribuições principais dos Profissionais da Química (Engenheiro Químico, Químico Industrial, Químico e o Técnico Químico)?

Palestra – Antonio Andre Chivanga Barros Energias Renováveis e Perspectivas de Desenvolvimento Sustentável

A exploração e utilização intensiva de energias não renováveis, com perspectivas de redução de custos e maximização da produção, têm sido objeto dos principais setores industriais. Nesta visão, formas de produção e uso de energias não renováveis têm afetado fortemente o meio ambiente, principalmente devido às emissões gasosas decorrentes do uso de combustíveis fósseis. A literatura aberta tem apresentado, de forma sistemática, o incremento de gases do efeito estufa na atmosfera. Este aumento impacta sobre o meio ambiente com modificações climáticas registradas que reflete no aumento das temperaturas médias anuais, aumento do nível dos oceanos e ocorrência de fenômenos como tufões, furações, desmoronamentos, entre outros. Quando as fontes não renováveis de energia são adotadas, todo o desenvolvimento tecnológico subseqüente é por elas sustentado, com necessidades cada vez mais crescentes destas energias. Nesta perspectiva, segundo as Nações Unidas (1998), o consumo mundial de energia primária proveniente de fontes não renováveis (petróleo, carvão, gás natural e nuclear) correspondia, a aproximadamente 86% da energia total e 14% de fontes renováveis. Além disto, de acordo com a Agência Internacional de Energia, do total de energia consumido, em 1999, aproximadamente 53% deve-se ao consumo dos 24 países definidos pelas Nações Unidas como desenvolvidos e 47% da energia remanescente consumido por cerca de 100 países de economias em vias de desenvolvimento. Todos os fatores apontados têm resultado na proposição de energias renováveis, às vezes como iniciativas isoladas, incapazes de atender às grandes demandas dos países. A utilização de energias renováveis não visa o abandono imediato dos recursos tradicionais, mas a capacidade de estimular, de forma progressiva, o uso de tais energias e diversificar as matrizes energéticas dos países.  O Brasil tem-se despontado na proposição e uso de energias renováveis que advém do Programa Nacional de Álcool, instituído em 1975 que possibilitou desenvolver tecnologias de produção de álcool carburante, com baixas taxas de emissões gasosas. Mesmo com os resultados significativos advindos deste programa, continuam sendo incentivados o desenvolvimento de novas energias renováveis, destacando-se aquelas oriundas da transesterificação de óleos e gorduras para a produção de biodiesel, craqueamento térmico para a produção de biogasolina e Green diesel, e o uso de energia solar e eólica, com instalação de parques tecnológicos que buscam desenvolver tais tecnologias. Para a Engenharia Química, o desenvolvimento de energias renováveis está vinculado aos princípios de operações e fenômenos estudados ao longo da formação dos seus alunos, pois conceitos de reuso, recirculação, otimização de processos é a base para muitos procedimentos metodológicos. Nesta perspectiva abordar-se-á, no decorrer da palestra “Energias Renováveis e Perspectivas para o Desenvolvimento Sustentável” os diversos aspetos relacionados com a civilização e o uso de energias, com descrição da visão sistemática da sustentabilidade, a energia primária e as energias derivadas, petróleo e seus impactos ambientais, ações para a estabilização das taxas de incremento das emissões gasosas, principalmente do efeito estufa e diversificação das matrizes energéticas mundiais. Por fim destacar-se-á os diversos procedimentos utilizados para a produção de biocombustíveis em pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Desenvolvimkento de Processos - LDP do Departamento de Engenharia Química da Universidade Regional de Blumenau e os conceitos de biorefinarias integradas propostas como ideais de sustentabilidade tecnológica e ambiental.

Currículo

Fabiano Icker Oroski

Graduado em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Ponta Grossa Especialização em Administração Empresarial e Financeira pela Faculdade Iguaçu . Pesquisa sobre remoção de cianobactérias e saxitoxinas de água de manancial brasileiro eutrofizado publicado na revista Ingeniería del agua Volumem 17 N º 2 2010 .Trabalho na Sanepar desde 2001 como Coordenador Industrial na Unidade de Produção de água e tratamento de esgoto da Regional Ponta Grossa .

António André Chivanga Barros

Doutor em Engenharia Química pela UNICAMP (1997), professor do quadro do Departamento de Engenharia Química da Universidade Regional de Blumenau - FURB, membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (FURB). Tem experiência na área de Engenharia Química, com atuação, principalmente, em modelagem matemática e termodinâmica dos estágios de não equilíbrio e de equilíbrio. Vem desenvolvendo trabalhos de investigação nas áreas de produção de biocombustíveis por transesterificação/esterificação com catálise homogênea e heterogenia e por craqueamento térmico. Como gestor universitário, coordenou o curso de graduação em Engenharia Química da FURB (1998-2002), Pró-Reitor de Ensino de Graduação da FURB (2002-2006 e 2010-2012), e Vice-Presidente do Fórum de Pró-Reitores de Graduação das Universidades Brasileiras (2005-2006). É avaliador de Instituições de Ensino Superior (IES) e de Cursos Superiores pelo Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina, desde 2007.